sexta-feira, 24 de novembro de 2006

A história de Brigitte


Em 1964, o editor José Alberto Gueiroz após adquirir uma pequena editora, a Monterrey, decide republicar uma série de folhetins que saíram na extinta revista Cruzeiro, na forma de livros de bolso. Era a série "Giselle, a espiã nua que abalou Paris" escrita por David Nasser, com a colaboração do fotógrafo francês Jean Manzon, que lhe descrevia como havia sido a resistência francesa contra a ocupação nazista..

O roteiro investia no erotismo da personagem com um tom folhetinesco para atrair a atenção do público. Benício ilustra Giselle com toda a sua perícia. Resultado: quatro volumes e 2 milhões de exemplares vendidos...e dai surge o maior problema. Giselle morre no último livro e tanto editor quanto distribuidor vão à loucura! Alguma coisa precisava ser feita....

Gueiroz encontra uma solução criativa: inventa que Giselle tivera uma filha com um espião nazista e a enviara aos EUA para ser criada por parentes antes de ser fuzilada. A garota se torna jornalista e aos 20 anos segue os passos da mãe se transformando em agente da CIA. O sucesso tem continuidade e Benício ilustra a maravilhosa Brigitte Montfort.


fonte: "Benício - o mestre das pin-ups e dos cartazes de cinema" de Gonçalo Júnior.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não entendi,agora.Se foi o Gueiroz quem "inventou" a deliciosa Brigitte, como é informado que foi o "espanhol" Lou Carrigan?
E mais, eu sempre soube (e tenho até uma matéria de uma revista da antiga e saudosa EBAL) que foi o brasileiro Helio do Soveral (falecido tragicamente por atropelamento em Brasília, ha algum tempo) o autor, sob pseudônimo (dos muitos que ele usou na Monterrey) quem criou e nos brindou com as estórias da "espiã de olhos azuis". Ele criou ainda K. (Keith) O. (Oliver) Durban , 77Z (' "número um", paixão de Brigitte) etc...
Alguém pode dirimir estas "dúvidas" todas???

Jetter Castro disse...

Olá José Carlos,

Boas perguntas sempre merecem respostas exatas. Vou direcioná-las ao jornalista Gonçalo Junior e posto aqui assim que recebê-las. Pelo que sei a história postada é real: a Monterrey mantinha contrato com Lou Carrigan que escrevia as aventuras de Brigitte, no entanto, Gueiroz sempre "abrasileirava", colocava uma coloração local. Nesse sentido pode ter recorrido a Helio de Soveral e até encomendado outros trabalhos, como acabou acontecendo.
Obrigado pela contribuição e se tiver algum material sobre o Helio de Soveral será importante para o documentário e posoto no blog com os devidos créditos, ok?
Grande abraço